Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 6 de 6
Filter
1.
Physis (Rio J.) ; 33: e33086, 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1529156

ABSTRACT

Resumo Introdução: Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (LGBT) são indivíduos mais propensos a terem experiências negativas nos ambientes convencionais de esporte. Diante disso, equipes e times esportivos LGBT foram criados para que seus membros encontrassem um espaço de lazer seguro e acolhedor para prática esportiva. Objetivo: O objetivo do estudo foi mapear e caracterizar as equipes esportivas LGBT que existem no Brasil dentro da rede social Instagram e analisar os conteúdos publicados por elas em seus perfis oficiais. Método: Foi feito um mapeamento das equipes esportivas LGBT com perfil na rede social e análise temática das imagens publicadas. Resultados: Foram mapeados 103 perfis de equipes esportivas LGBT, dos quais 90 foram analisados. A maioria das equipes está localizada nas capitais e regiões metropolitanas das regiões Sul e Sudeste. Em relação à temática das análises postadas, os dados mostraram que as publicações das equipes focavam em atividades pertinentes ao esporte, a eventos sociais e ativismo político. Conclusão: As equipes esportivas LGBT possuem um repertório de ação mais amplo que a prática esportiva. Elas são espaços de socialização, formação de vínculos pessoais e contribuem para a promoção da saúde de seus membros.


Abstract Introduction: Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender (LGBT) individuals are more tolerant of having negative experiences in the cultural environments of sport. In view of this, LGBT sports teams and teams were created so that their members could find a safe and welcoming leisure space to practice sports. Objective: The study aimed to map and characterize the LGBT sports team in Brazil within the Instagram social network and to analyze the contents published by them in their official profiles. Method: A mapping of LGBT sports teams with a profile on the social network and thematic analysis of the published images were carried out. Results: 103 profiles of LGBT sports teams were mapped, of which 90 were analyzed. Most associations are in the capitals and metropolitan regions of the South and Southeast regions. Regarding the theme of the posted analyses, the data appreciated that the publications of the associations focused on activities of the associations relevant to sport, social events and political activism. Conclusion: LGBT sports teams have a broader repertoire of action than sports. They are spaces for socialization, formation of personal bonds and obedience to promote the health of their members.

2.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 17(44): 2407, 20220304. tab
Article in English, Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-1379776

ABSTRACT

Introdução: A comunidade lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e suas particularidades associadas à saúde foram ignoradas por muitos anos. Embora a homossexualidade e a transexualidade não sejam mais consideradas doenças, ainda prevalece marginalização de muitas pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais a nível sócio-econômico-cultural e de acesso aos serviços de saúde. No que tange ao acesso à saúde, o primeiro contato do paciente Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais dentro do sistema de saúde pode ser através do médico de família e comunidade. Objetivo: Analisar as experiências dos médicos de família e comunidade no atendimento às pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na atenção básica da rede municipal de saúde em uma cidade no Sul do Brasil. Métodos: Desenvolveram-se dois grupos focais (13 profissionais no total), um deles constituído de seis médicos de família e comunidade autodeclarados heterossexuais e cisgêneros e outro grupo constituído de sete médicos de família e comunidade autodeclarados lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, em julho de 2019. Resultados: Os participantes consideraram importante a temática da saúde lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na atenção primária, embora ela tenha sido pouco explorada nos seus cursos de graduação. Relataram que as principais demandas dos pacientes lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais são as de saúde mental, violência e infecções sexualmente transmissíveis. Apontaram que possuem dificuldades em abordar questões que envolvem sexualidade e identidade de gênero em suas consultas. Conclusões: Os resultados reforçam a necessidade de os médicos de família e comunidade conhecerem especificidades da população lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Sugere-se que a temática da saúde da população lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais seja mais ensinada nos cursos de graduação em Medicina.


Introduction: The lesbian, gay, bisexual, transvestite and transsexual community and its health-related particularities were ignored for many years. Although homosexuality and transsexuality are no longer considered diseases, the marginalization of many lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals at the socioeconomic-cultural level and with regard to access to health services still prevails. As to access to health care, the first contact of lesbian, gay, bisexual, transvestite and transsexual patients within the health care system can be through the family doctor. Objective: To analyze the experiences of family and community doctors with lesbian, gay, bisexual, and transgender people in the primary care scenario of the public health network in a city in southern Brazil. Methods: In July 2019, two focus groups were arranged (13 professionals in total), one of which consisted of 6 self-declared heterosexual and cisgender family doctors and another group consisting of 7 self-declared lesbian, gay, bisexual and transgender family doctors. Results: Participants considered the issue of lesbian, gay, bisexual, and transgender health in primary care important, but added that it was very little studied in their undergraduate/graduate training. They reported that the main demands of lesbian, gay, bisexual and transgender patients are mental health, violence and sexually transmitted infections. They pointed out that they have difficulties in addressing issues involving sexuality and gender identity during their office visits. Conclusions: The results reinforce the need for family and community doctors to understand better specifics of the lesbian, gay, bisexual, and transgender population. It is suggested that the health issues of the lesbian, gay, bisexual, and transgender population be more taught in undergraduate and graduate medical courses.


Introducción: Introducción: La comunidad lesbiana, gays, bisexuales, travestis y transexuales y sus particularidades relacionadas con la salud fueron ignoradas durante muchos años. Si bien la homosexualidad y la transexualidad ya no se consideran enfermedades, aún prevalece la marginación de muchas personas lesbianas, gays, bisexuales, travestis y transexuales en términos socio-económico-culturales y de acceso a los servicios de salud. En cuanto al acceso a la asistencia sanitaria, el primer contacto de las pacientes lesbianas, gays, bisexuales, travestis y transexuales dentro del sistema sanitario puede ser a través del médico de familia y comunidad. Objetivo: Analizar las experiencias de los Médicos de Familia y Comunidad en el cuidado de las personas lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales en la atención primaria de la red de salud municipal en una ciudad del sur de Brasil. Métodos: Se desarrollaron dos grupos focales (13 profesionales en total), uno de los cuales consistió en 6 Médicos de Familia y Comunidad autodeclarados heterosexuales y cisgénero y otro grupo compuesto por 7 Médicos de Familia y Comunidad lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales autodeclarados en julio de 2019. Resultados: Los participantes consideraron que el tema de la salud lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales era importante en la atención primaria, aunque fue poco explorado en sus cursos de formación. Informaron que las principales demandas de las pacientes lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales son la salud mental, la violencia y las infecciones de transmisión sexual. Señalaron que en sus consultas tienen dificultades para abordar cuestiones relacionadas con la sexualidad y la identidad de género. Conclusiones: Los resultados refuerzan la necesidad de que los Médicos de Familia y Comunidad conozcan las especificidades de la comunidad lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales. Se sugiere que el tema de salud lesbianas, gays, bisexuales y personas transexuales sea más enseñado en la formación médica.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Primary Health Care , Family Practice , Sexual and Gender Minorities
3.
Epidemiol. serv. saúde ; 31(2): e2022234, 2022. tab, graf
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1404721

ABSTRACT

Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à atividade sexual desprotegida na população brasileira. Métodos: Estudo transversal com 61.523 adultos, na idade de 18 anos ou mais, participantes da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Foram estimadas as prevalências de atividade sexual desprotegida no último ano. A associação das variáveis socioeconômicas e demográficas com o desfecho foi analisada pela regressão de Poisson, com estimação das razões de prevalência (RPs) e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A prevalência de atividade sexual desprotegida foi de 76,9% (IC95% 76,3;77,6), maior em todas as macrorregiões nacionais quando comparadas à região Norte, em moradores da zona rural (RP = 1,04; IC95% 1,03;1,06), sexo feminino (RP = 1,06; IC95% 1,05;1,08), idade de 60 anos ou mais (RP = 1,33; IC95% 1,27;1,38), casados (RP = 1,25; IC95% 1,23;1,27) e menos escolarizados (RP = 1,05; IC95% 1,03;1,06). Conclusão: Estratégias direcionadas aos grupos com maior prevalência de atividade sexual desprotegida são necessárias.


Objetivo: Estimar la prevalencia y los factores asociados a la actividad sexual sin protección en la población brasileña. Métodos: Estudio transversal con 61.523 adultos mayores de 18 años participantes de la Encuesta Nacional de Salud 2019. Se estimó la prevalencia de actividad sexual sin protección en el último año. La asociación de variables socioeconómicas y demográficas con el desenlace se analizó mediante regresión de Poisson, con estimación de razones de prevalencia (RP) e IC95%. Resultados: La prevalencia de actividad sexual sin protección fue del 76,9% (IC95% 76,3;77,6), siendo mayor en todas las regiones en comparación con el Norte, residentes rurales (RP = 1,04; IC95% 1,03;1,06), sexo femenino (RP = 1,06; IC95% 1,05;1,08), mayores de 60 años (RP = 1,33; IC95% 1,27;1,38), casados (RP = 1,25; IC95% 1,23;1,27) y menos educados (RP = 1,05; IC95% 1,03;1,06). Conclusión: Se necesitan estrategias dirigidas a los grupos con mayor prevalencia de actividad sexual sin protección.


Objective: To estimate prevalence of unprotected sexual activity and associated factors in the Brazilian population. Methods: This was a cross-sectional study with 61,523 adults aged 18 years or older who took part in the 2019 National Health Survey. We estimated prevalence of unprotected sexual activity in the last year. We analyzed association of socioeconomic and demographic variables with the outcome using Poisson regression, estimating prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals (95%CI). Results: Prevalence of unprotected sexual activity was 76.9% (95%CI 76.3;77.6), being higher in all the country's regions in comparison to the Northern region, as well as being higher among people living in rural areas (PR = 1.04; 95%CI 1.03;1.06), females (PR = 1.06; 95%CI 1.05;1.08), participants aged 60 years or older (PR = 1.33; 95%CI 1.27;1.38), married individuals (PR = 1.25; 95%CI 1.23;1.27) and those with less education (PR = 1.05; 95%CI 1.03;1.06). Conclusion: Strategies aimed at groups with higher prevalence of unprotected sexual activity are necessary.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Sexual Behavior , Socioeconomic Factors , Sexually Transmitted Diseases/epidemiology , Brazil/epidemiology , Adult Health , Cross-Sectional Studies , Condoms
4.
Physis (Rio J.) ; 32(1): e320104, 2022. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1376008

ABSTRACT

Resumo O artigo busca caracterizar as pessoas que frequentam diferentes espaços de participação no Brasil. Para isso, realizou-se um estudo de estatística descritiva, a partir de dados de um inquérito maior, a Pesquisa Nacional em Saúde (PNS), que contou com 64.348 respondentes. Os dados foram analisados conforme a frequência de participação dividida em quatro blocos de atividades participativas: sexo, escolaridade, renda e estado civil dos participantes. Os resultados mostraram que a maior frequência de participação foi em eventos e cultos religiosos (69,7%), seguidos pelas atividades artísticas e esportivas em grupo (26,2%), depois por reuniões de associações de moradores ou funcionários, movimentos comunitários, centros acadêmicos ou similares (16,1%) e, por último, em trabalho voluntário não remunerado (12,1%). Observou-se que as mulheres tiveram participação mais intensa em cultos e atividades religiosas (76,4%), enquanto os homens participaram mais de atividades artísticas e culturais (33,5%). Quanto a faixa de renda e escolaridade, o estudo mostrou que quanto mais elevadas eram essas duas categorias, maior foi a frequência de participação. Evidencia-se, do ponto de vista político e democrático, que a participação no Brasil é escassa e marcada pelo elitismo.


Abstract This article seeks to characterize people who attend different spaces of participation in Brazil. For this, a study of descriptive statistics was carried out, using data from a larger survey, the National Health Survey (NHS), which had 64,348 respondents. The data were analyzed according to the frequency of participation divided into four blocks of participatory activities: sex, education, income and marital status of the participants. The results showed that the highest frequency of participation was in religious events and cults (69.7%), followed by artistic and sports activities in groups (26.2%), then by meetings of associations of residents or employees, community movements, academic or similar centers (16.1%) and, finally, in unpaid voluntary work (12.1%). It was observed that women had a more intense participation in cults and religious activities (76.4%), while men participated more in artistic and cultural activities (33.5%). As for income and education, the study showed that the higher these two categories were, the higher the frequency of participation. It is evident, from a political and democratic point of view, that participation in Brazil is scarce and marked by elitism.


Subject(s)
Social Participation , Civil Society , Brazil , Democracy , Political Activism , Civil Society Organizations
5.
Rev. bras. educ. méd ; 45(1): e025, 2021. tab, graf
Article in English | LILACS | ID: biblio-1155907

ABSTRACT

Abstract: Introduction: The challenges brought by the continuity of the university teaching-learning process in the face of the measures to combat the pandemic of COVID-19 made the debate on the use of information and communication technologies (ICT) in medical education more important. Several strategies were used by teachers worldwide to continue their teaching activities. Objective: to investigate the strategies and uses of ICT in medical education in the face of the COVID-19 pandemic. Method: Five databases were systematically assessed, using the terms "COVID-19", "medical education", "higher education" and "students", in Portuguese, English and Spanish, resulting in 321 initial citations, with 18 final references after applying the inclusion and exclusion criteria. Result: Four key topics were identified in the literature: (1) Challenges for Medical Education prior to COVID-19; (2) Challenges in migrating to remote education; (3) Strategies to overcome challenges related to the learning environment; and (4) Strategies to overcome challenges related to assessments and exams. Conclusion: The use of ICT in medical education in the context of the COVID-19 pandemic showed to be especially important, with considerations regarding the improvement in areas that were already used, the migration of some more articulated areas and experiences in clinical and procedural disciplines. There was also concern about the impacts of using ICT to replace the in-person presence of students in medical learning environments.


Resumo: Introdução: Os desafios à continuidade do processo ensino-aprendizagem universitário ante as medidas de combate à pandemia da Covid-19 tornaram mais importante o debate sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) no ensino médico. Diversas estratégias foram empregadas no mundo por docentes para a continuidade das atividades pedagógicas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar as estratégias e os usos de TIC no ensino médico ante a pandemia de Covid-19. Método: Examinaram-se sistematicamente cinco bases de dados, nas quais se empregaram as expressões e os termos "covid-19", "ensino médico", "educação superior" e "estudantes" em português, inglês e espanhol, o que resultou em 321 citações iniciais, com 18 referências finais após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão. Resultado: Quatro temas-chave foram identificados na literatura: 1. "Desafios para o ensino médico anteriores à Covid-19"; 2. "Desafios na migração para o ensino a distância"; 3. "Estratégias para a superação de desafios relacionadas ao ambiente de aprendizagem virtual"; e 4. "Estratégias para a superação de desafios relacionadas às avaliações". Conclusão: No contexto da pandemia de Covid-19, o emprego de TIC no ensino médico se mostrou importantíssimo, pois se encontraram quatro estratégias, entre as quais se destacaram o aprimoramento em áreas em que as TIC já eram utilizadas, a migração de algumas áreas mais articuladas e experiências em disciplinas clínicas e procedurais. Também houve preocupação sobre os impactos do uso de TIC em substituição da presença de estudantes nos ambientes de aprendizagem médicos.


Subject(s)
Humans , Teaching/trends , Medical Informatics Applications , Education, Distance , Education, Medical/trends , COVID-19 , Learning
6.
Rev. bras. educ. méd ; 43(1,supl.1): 557-567, 2019. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1057604

ABSTRACT

RESUMO As disparidades no oferecimento de cuidado em saúde à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) são evidentes e documentadas. O preconceito molda-se na naturalização de padrões instaurados e mantidos por diversas instituições, e a literatura corrobora com a existência de preconceito contra LGBT em escolas de medicina. A educação médica, historicamente consolidada em modelo biomédico-farmacêutico, concreto, positivista, hospitalocêntrico, com enfoque em um processo saúde-doença unicausal, representa um status conservador que se mantem rígido há um século. A despeito de programas e diretrizes nacionais e internacionais que orientam medidas inclusivas e de combate à discriminação, é verificada a presença de preconceito contra LGBT na prática médica e inclusive durante o processo educacional médico, notando-se atitudes preconceituosas entre os estudantes de medicina. Objetivo analisar o perfil de atitude e o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre estudantes de um curso de Medicina. Métodos foram empregados questionários autoaplicáveis a 391 estudantes de primeiro ao oitavo semestre de um curso de Medicina público da região sul do Brasil no ano de 2017. Resultados obteve-se uma taxa de resposta de 85,2% dos entrevistados. O nível de preconceito com base nas assertivas variou de 69% a 89%. Entre os respondentes, 74,9% concordaram que o sexo entre dois homens é errado, 83,9% consideraram homens gays nojentos, 83,9% acreditaram que a homossexualidade masculina é uma perversão, 80,9% afirmaram que o sexo entre duas mulheres é totalmente errado, 83,9% afirmaram que as meninas masculinas deveriam receber tratamento. Em relação à comparação da distribuição dos resultados quanto ao gênero declarado dos estudantes, observou-se que os estudantes autodeclarados masculinos foram mais preconceituosos que as estudantes autodeclaradas femininas. A distribuição de preconceito entre estudantes que se autodeclararam masculinos variou entre 81,5% a 94,4%, e entre as estudantes que se autodeclararam femininas, variou entre 57,3% e 76,4%. Os dados corroboraram para a importância de integrar a temática de saúde LGBT de forma obrigatória aos currículos e de construir mecanismos de apoio à estruturação pedagógica que auxiliem as aulas e/ou disciplinas a cumprirem seu papel.


RESUMO As disparidades no oferecimento de cuidado em saúde à população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) são evidentes e documentadas. O preconceito molda-se na naturalização de padrões instaurados e mantidos por diversas instituições, e a literatura corrobora com a existência de preconceito contra LGBT em escolas de medicina. A educação médica, historicamente consolidada em modelo biomédico-farmacêutico, concreto, positivista, hospitalocêntrico, com enfoque em um processo saúde-doença unicausal, representa um status conservador que se mantem rígido há um século. A despeito de programas e diretrizes nacionais e internacionais que orientam medidas inclusivas e de combate à discriminação, é verificada a presença de preconceito contra LGBT na prática médica e inclusive durante o processo educacional médico, notando-se atitudes preconceituosas entre os estudantes de medicina. Objetivo analisar o perfil de atitude e o preconceito contra diversidade sexual e de gênero entre estudantes de um curso de Medicina. Métodos foram empregados questionários autoaplicáveis a 391 estudantes de primeiro ao oitavo semestre de um curso de Medicina público da região sul do Brasil no ano de 2017. Resultados obteve-se uma taxa de resposta de 85,2% dos entrevistados. O nível de preconceito com base nas assertivas variou de 69% a 89%. Entre os respondentes, 74,9% concordaram que o sexo entre dois homens é errado, 83,9% consideraram homens gays nojentos, 83,9% acreditaram que a homossexualidade masculina é uma perversão, 80,9% afirmaram que o sexo entre duas mulheres é totalmente errado, 83,9% afirmaram que as meninas masculinas deveriam receber tratamento. Em relação à comparação da distribuição dos resultados quanto ao gênero declarado dos estudantes, observou-se que os estudantes autodeclarados masculinos foram mais preconceituosos que as estudantes autodeclaradas femininas. A distribuição de preconceito entre estudantes que se autodeclararam masculinos variou entre 81,5% a 94,4%, e rntre as estudantes que se autodeclararam femininas, variou entre 57,3% e 76,4%. Os dados corroboraram para a importância de integrar a temática de saúde LGBT de forma obrigatória aos currículos e de construir mecanismos de apoio à estruturação pedagógica que auxiliem as aulas e/ou disciplinas a cumprirem seu papel.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL